PETROS – ELEIÇÕES PARA OS CONSELHOS DELIBERATIVOS
RESULTADOS FINAIS |
Comentários da APAPE:Os candidatos apoiados pela APAPE, FENASPE e pelos Sindicatos não atrelados à FUP, conseguiram uma tranqüila vitória nas eleições para os Conselhos Deliberativo e Fiscal da PETROS. Em todos os estados (exceto MG) com mais de 50% do total e quase o dobro dos segundos colocados.
Isto deve merecer uma pausa para que se medite sobre o que está nos cercando, pois em todas as ocasiões em que não há coação, em que não intimidação, em que os participantes podem livremente se manifestar, fica claro que não estão satisfeitos com as práticas e conseqüentes rumos que os atuais dirigentes da PETROS e Petrobras vêm aplicando.
Caso estivessem satisfeitos com o Novo Plano (para os Novos empregados), com a Repactuação, com alteração de direitos, tão arduamente conquistados ao longo de décadas de dedicação, certamente a derrota não teria sido tão acachapante.
As vitórias de Ronaldo Tedesco Vilardo (titular) e Agnelson Camilo da Silva (suplente) para o Conselho Deliberativo, e de Silvio Sinedino Pinheiro (titular) e Oscar Angelo Scotta (suplente) para o Conselho Fiscal, aumentam as nossas esperanças de que possamos manter mais viva a nossa perseverança com o único objetivo de defender direitos conquistados e procurar estabelecer condições de segurança e previdência futura coerentes com o porte do Sistema Petrobras.
Estas condições (Previdência Privada, AMS, salários de mercado, etc.) – antes eram um fator diferencial para todos que ingressavam na Petrobras, hoje são condições que se comparam às de empresas menores ou que não dão valor ao seu maior patrimônio: seus empregados. A PETROS atual é uma tênue lembrança, quase esquecida, do que já foi no passado e que os novos empregados sequer virão a conhecer. A AMS hoje está desvirtuada e não atende nem satisfatoriamente aos nossos anseios e nem falemos em comparar com o passado. Salários? Nem se fale nisto, já se tiveram dias bem melhores.
Lastimável ver-se o aparelhamento político de empresas estatais – e a Petrobras não é exceção – por pessoas que se em sua maioria não tem nenhum conhecimento técnico para exercerem suas funções, tampouco demonstram afinidade com as mesmas. Tudo com objetivo de desmoralizar estas empresas e tornar o caminho das privatizações a preço vil bem mais fácil. E “lixemo-nos todos”, como se disse recentemente… Se nada for feito, estaremos fadados a um caos social e a uma permanente intranqüilidade como aquela que a PETROS e Petrobras nos vem impondo. Se nada mudar, tudo continuará a ser, cada vez mais, única exclusivamente praticado para obter prazeres e desfrutes jamais imaginados pelos que estão no poder.
É uma vergonha, mas eles não a têm.
Então cabe a cada um de nós tentar buscar, mesmo com o mínimo de recursos e influência de que dispomos, tentar alterar esta triste realidade, triste verdade esta evidente e fora do senso comum, despudoradamente evidenciada pelos poderes constituídos (?). Não há um único dia em que escândalos não deixam de espocar na mídia. Podemos imaginar o quanto deixa de ser levado ao conhecimento público.
E que fazemos, nada?
Pois é nestas oportunidades, com vitórias que parecem pequenas, como as das eleições na PETROS, que sentimos o resultado dos nossos esforços.
Temos renovadas nossas esperanças e sentimos que algo irá mudar. Pode ser que devagar, mas há de mudar.
Mas não podemos nos acomodar com mais esta vitória – pequena no cenário geral -, devemos, isto sim, interagir e cobrar muito dos nossos novos representante, para que não tenhamos o constrangimento de assistir o triste desempenho de outros que, uma vez eleitos, mudaram o discurso e a prática.
Nossa pequena vitória se soma a tantas outras, mas fica um pouco ofuscada diante da grande derrota dos que detêm o poder. Esta ficará marcada na história, como uma confirmação de que não se pode enganar todo mundo o tempo todo!
Portanto estaremos de olho, desejando aos colegas eleitos o melhor dos sucessos na gestão de suas funções e que nunca deixem de se lembrar de que foram eleitos para defender os nossos direitos, dos ativos, aposentados e pensionistas.
13/05/09
Rodolfo Huhn – Diretor Jurídico da PAPE
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